domingo, 2 de outubro de 2011

cinco minutos de sonho.

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sozinho? não.
eu, o meu cigarro, a noite, e os meus sentidos.
sabe tão bem, por volta da meia-noite, quando está toda a gente já a dormir, ir para a varanda, fumar um cigarro e enquanto isso ouvir os carros a passar, as conversas das poucas pessoas que ainda andam na rua, ver a paisagem noturna, as luzes acesas e as almas apagadas. e aí, enquanto sinto o vento bater-me na cara e no cabelo, parece que a minha imaginação cresce, o meu pensamento purifica-se e ganho asas para voar até às nuvens. parece que o mundo pára, consigo imaginar-me a realizar todos os meus sonhos, todos os meus desejos. consigo imaginar a minha cara feliz, sem preocupações.
e depois, quando me preparo para tirar um grande e convicto bafo no cigarro, percebo que está prestes a queimar os dedos. apago o cigarro, volto ao mundo real, entro no quarto, caio na cama e regresso à desilusão que me assombra há anos.

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